por Luiz Eduardo Conti
"Longa é a viagem
rumo a si próprio, inesperada é sua descoberta." Thomas Mann –
romancista alemão
A nossa vida é repleta de recomeços. Esse fato, muitas vezes nos incomoda. A insegurança surge em nossas mentes por não gostarmos do desconhecido. O recomeço implica, necessariamente, enfrentar novas experiências, novas possibilidades, novas provas, o desconhecido...
Stephen Covey (autor do best seller Os 7 Hábitos das Pessoas
Altamente Eficazes), afirma que existem três constantes em nossas vidas: a
mudança, os nossos princípios (aqueles que baseiam as atitudes éticas) e a
necessidade permanente de fazer escolhas.
Refletindo sobre isso, podemos facilmente confirmar que a
nossa existência é inevitavelmente influenciada por essas três constantes. As
coisas sempre mudam – não adianta se insurgir contra isso, elas vão mudar e
pouco importa a nossa opinião. Essas mudanças podem ser lentas e graduais, ou
não. Às vezes elas são tão rápidas e radicais que nos deixam meio abobados,
incapazes de compreender com rapidez o que está acontecendo.
O que dizer da morte repentina de pessoas que amamos e do quanto a nossa vida muda após essa tragédia? Ou então, saindo da tragédia e indo para as alegrias da vida, quando somos lembrados para assumir novas responsabilidades profissionais ou sociais, totalmente diferentes das que realizamos hoje, porém desafiantes e mais vinculadas com os nossos desejos, mais próximas dos nossos sonhos. Mesmo nesses casos, nossa primeira reação tende à surpresa e a uma pequena paralisia inicial: “será que é mesmo verdade?”.
Quando diante de mudanças significativas, alguns preferem
empacar. Escolhem encolher, paralisar, desistir. Optam pela convivência
permanente com a dor, deprimem-se. O interessante, no entanto, é que mudar pode
significar crescer. Refiro-me ao crescimento que nos transforma, que nos torna
mais fortes, inteligentes e persistentes.
Pouco adianta lutar contra o que não está sob o nosso
controle. O mais sensato é aproveitar esses momentos para nos transformar. Não
será um processo indolor, mas certamente, ao final, estaremos melhores, mais
fortes e dispostos a continuar crescendo.
Um aspecto essencial desse crescimento: ele nunca acontece
solitariamente. Para se desenvolver, o ser humano precisa de pelo menos mais
uma pessoa. Trata-se de uma relação ganha-ganha (pensar em termos de abundância
e oportunidades, e não em escassez e competições), um trabalho em equipe que
promove o crescimento mútuo.
Para mim, esse crescimento é a única razão pela qual Deus
permite nossa existência nessa Terra.
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