Como a nossa mente funciona (o modelo cognitivo)

Tudo aquilo que acontece com a gente ou chama a nossa atenção, passa pelo crivo dos nossos pensamentos. Nós avaliamos ou julgamos o tempo todo, e isso é normal.
Fazemos isso baseados em nossas crenças: o que pensamos de nós mesmos, do mundo (pessoas e coisas) e do futuro.

As nossas emoções e atitudes, resultam dessa análise. Por exemplo, se ao dizer "bom dia" para alguém no trabalho (alguém que valorizamos) e essa pessoa nos devolver o "bom dia" com um sorriso largo, poderemos avaliar que ela gosta da gente e que tudo está bem. Esse padrão de pensamento poderá nos despertar a emoção alegria ou amor. Isso nos motivará e o nosso dia tenderá a ser produtivo.
Na mesma situação, se a pessoa não responder ou responder friamente, poderemos avaliar que ela não gosta suficientemente da gente. Nesse caso, a emoção poderá ser a tristeza ou a preocupação. Nossa produtividade, consequentemente, tenderá a diminuir.
Podemos, também, avaliar que ela é uma pessoa chata e mal educada, nesse caso a emoção poderá ser a raiva. Ou ainda: se avaliarmos que é o jeito dela e que todo dia pela manhã ela está de mal humor, mas no restante do dia é um pessoa agradável, a nossa emoção poderá ser a compaixão.
Note como emoções e atitudes estão diretamente ligadas aos pensamentos.

Importante destacar que essa relação entre o pensar, o sentir e o fazer acontece em forma de looping, ou seja, cada emoção ou cada comportamento pode gerar um novo pensamento e, assim, o processo se reinicia várias vezes, até que o foco mude. Por exemplo, a raiva pode começar pequena e crescer bastante por conta desse looping (ruminação mental). Por isso, um evento pequeno, como o de não responder a um bom-dia, pode desencadear uma relação de conflito mais séria posteriormente. O looping pode também provocar alternância de emoções: a pessoa se fixa tanto em determinadas situações e acaba experimentando várias emoções, muitas vezes contraditórias, o que só aumenta o desconforto.

Nessa análise situacional, as cognições são conhecidas como "pensamentos automáticos", porque acontecem de maneira tão rápida, que sequer temos consciência deles. O que fica claro é o nosso humor alterado e as nossas atitudes.

Esse "processamento cognitivo" é tipicamente humano, portanto ele é normal enquanto não produz desconfortos continuamente. A preocupação contínua pode provocar, por exemplo, crises de ansiedade e até mesmo ataques de pânico. Quando isso acontece, procurar ajuda profissional poderá ser a melhor atitude, porque sair sozinho dessa situação não é fácil.

A boa notícia é que podemos evitar que as coisas fujam do nosso controle. Trata-se de uma atitude preventiva que pode ser resumida numa dica: Pensar bem para se sentir bem!

Como pensar bem? A Psicologia Positiva pode te ajudar nesse processo, mas esse será assunto para outro post.

Psicologia Positiva, a ciência do bem-estar

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