sábado, 21 de março de 2015

O que é felicidade?

“Pra mim o próprio objetivo da vida é perseguir a felicidade. Isto está claro. Se acreditamos em religião ou não; se acreditamos nesta religião ou naquela; todos estamos procurando algo melhor na vida. Por isso, para mim, o próprio movimento da nossa vida é no sentido da felicidade...” Dalai Lama

Parece-me que estas palavras de Sua Santidade, o Dalai Lama, têm bastante lógica. Todos os dias fazemos coisas (escolhemos agir dessa ou daquela maneira) baseados na suposição de que estaremos tornando nossas vidas melhores, ou mais suportáveis. Não se questiona aqui a ética que está por trás desses atos. Para alguns, a vida poderá melhorar se algo for subtraído dos outros (objetos ou afetos). Para outros, a felicidade só será possível se distribuirmos o bem para todos os que passam pelos nossos caminhos.
Penso, no entanto, que poucos de nós compreendemos isso. Poucos sabem, sequer, o que significa ser feliz. Para muitos, a felicidade existe quando estamos alegres, experimentando emoções positivas, como quando ganhamos algo num sorteio ou o beijo da pessoa amada.
Barbara Fredrickson, da University of North Carolina, uma das maiores especialistas do mundo nesse tema, descreve as dez emoções positivas mais comuns: alegria, gratidão, serenidade, interesse, esperança, orgulho, divertimento, inspiração, maravilhamento e amor.
Felicidade certamente inclui todas essas emoções, mas não se completa com elas.

Martin Seligman, outro grande estudioso do tema, um dos fundadores da Psicologia Positiva, diz que além das emoções positivas, a felicidade também depende de envolvimento (flow), sentido de propósito (ou propósito de vida), relacionamentos positivos e realização (conquistas). Aliás, Seligman não gosta da expressão “felicidade”. Prefere a expressão ”bem-estar”, por entender que a palavra felicidade já perdeu força devido ao seu uso fortemente associado às emoções positivas.

Shawn Achor, outro estudioso do assunto, afirma que ”felicidade é a alegria que sentimos quando buscamos atingir nosso pleno potencial”. E ele vai um pouco mais longe, ao afirmar que “a felicidade é muito mais que apenas uma sensação boa – ela também constitui um ingrediente indispensável do nosso sucesso”.
Ao afirmar isso ele toca num ponto polêmico: é a felicidade que promove o sucesso ou é o sucesso que nos faz felizes?
Vamos pensar nisso?

Na próxima postagem abordarei esta questão. Em outras postagens abordaremos também os elementos de felicidade citados por Seligman.

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