
por Luiz Eduardo Conti
“O destino não é uma questão de oportunidade. É uma questão de escolha. Não é algo para se ficar esperando, é algo a ser conquistado.” William J. Bryan
Stephen Covey nos ensinou que a vida tem três constantes: as mudanças que não podemos evitar, os princípios que são permanentes e as escolhas que fazemos a cada segundo em nossas vidas. Já falei sobre as duas primeiras, hoje cuidarei desta última.
A vida nos coloca o tempo todo diante de situações que
exigem tomadas de decisões. Podemos decidir sobre coisas banais, tais como a
roupa que vamos vestir e o que comer no café da manhã. O simples ato de
levantar da cama quando o despertador toca pela manhã já é uma escolha. Podemos
optar por continuar dormindo, mas depois teremos de enfrentar as consequências
dessa decisão.
Existem também as escolhas mais importantes. Que carreira
seguir? Mudar de emprego? Arriscar tudo num negócio próprio? Casar? Ter filhos?
Comprar uma casa? Fazer uma pós-graduação? ...
Entre as mais e as menos importantes, existe uma infinidade
de outras escolhas que ocupam nosso dia integralmente. Não passamos um segundo
sequer sem fazer escolhas. Estamos o tempo todo decidindo “o que” e “como”
fazer coisas no nosso dia-a-dia. Escolhemos até não fazer nada: ficar parado
esperando que algo mágico (por vezes transcendental) aconteça e resolva nossos
problemas. Espera inútil essa.
Viver é fazer escolhas! Julgamos e avaliamos o tempo todo,
baseados em nossos valores. Valores são conceitos em nós arraigados, que
influenciam a maneira como agimos, especialmente quando nossas atitudes atingem
outras pessoas (e quase sempre atingem).
“Querer” refere-se ao desejo e “poder” à capacidade para
fazer. “Dever” nos remete à ética: “quais as consequências se eu fizer?”.
Nota-se aqui uma hierarquia. Muitas vezes quero e posso, mas não devo. Em
outros momentos, não quero, mas posso e devo. Ou ainda: quero e devo, mas não
posso.
Em um dilema ético, o “querer” se submete ao “dever” e ao
“poder” e a decisão a ser tomada será sempre pessoal.
E por que o “dever” possui tanta força? Por conta da lei de
ação e reação (causa e efeito), que estabelece que tudo o que fizermos nos
retornará, para o bem ou para o mal. Não existem, portanto, decisões sem
consequências, mesmo quando nos omitimos e optamos pela inércia.
Como ninguém consegue viver sem fazer escolhas, é importante
que as nossas decisões mais significativas (aquelas que afetam vidas) sejam
sempre muito bem cuidadas. Um pouco antes de agir, será de grande valor
perguntar-se intimamente: quero? posso? devo?
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