sábado, 21 de junho de 2014

Viver é Fazer Escolhas


por Luiz Eduardo Conti

“O destino não é uma questão de oportunidade. É uma questão de escolha. Não é algo para se ficar esperando, é algo a ser conquistado.” William J. Bryan

Stephen Covey nos ensinou que a vida tem três constantes: as mudanças que não podemos evitar, os princípios que são permanentes e as escolhas que fazemos a cada segundo em nossas vidas. Já falei sobre as duas primeiras, hoje cuidarei desta última.
A vida nos coloca o tempo todo diante de situações que exigem tomadas de decisões. Podemos decidir sobre coisas banais, tais como a roupa que vamos vestir e o que comer no café da manhã. O simples ato de levantar da cama quando o despertador toca pela manhã já é uma escolha. Podemos optar por continuar dormindo, mas depois teremos de enfrentar as consequências dessa decisão.
Existem também as escolhas mais importantes. Que carreira seguir? Mudar de emprego? Arriscar tudo num negócio próprio? Casar? Ter filhos? Comprar uma casa? Fazer uma pós-graduação? ...
Entre as mais e as menos importantes, existe uma infinidade de outras escolhas que ocupam nosso dia integralmente. Não passamos um segundo sequer sem fazer escolhas. Estamos o tempo todo decidindo “o que” e “como” fazer coisas no nosso dia-a-dia. Escolhemos até não fazer nada: ficar parado esperando que algo mágico (por vezes transcendental) aconteça e resolva nossos problemas. Espera inútil essa.
Viver é fazer escolhas! Julgamos e avaliamos o tempo todo, baseados em nossos valores. Valores são conceitos em nós arraigados, que influenciam a maneira como agimos, especialmente quando nossas atitudes atingem outras pessoas (e quase sempre atingem).

Quando os valores sinalizam que as nossas ações afetarão pessoas, que é preciso cuidado, estamos diante de um dilema ético, que, de acordo com Mario Sergio Cortella, se expressa pelas seguintes questões: quero? posso? devo?
“Querer” refere-se ao desejo e “poder” à capacidade para fazer. “Dever” nos remete à ética: “quais as consequências se eu fizer?”. Nota-se aqui uma hierarquia. Muitas vezes quero e posso, mas não devo. Em outros momentos, não quero, mas posso e devo. Ou ainda: quero e devo, mas não posso.
Em um dilema ético, o “querer” se submete ao “dever” e ao “poder” e a decisão a ser tomada será sempre pessoal.
E por que o “dever” possui tanta força? Por conta da lei de ação e reação (causa e efeito), que estabelece que tudo o que fizermos nos retornará, para o bem ou para o mal. Não existem, portanto, decisões sem consequências, mesmo quando nos omitimos e optamos pela inércia.
Como ninguém consegue viver sem fazer escolhas, é importante que as nossas decisões mais significativas (aquelas que afetam vidas) sejam sempre muito bem cuidadas. Um pouco antes de agir, será de grande valor perguntar-se intimamente: quero? posso? devo? 

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